segunda-feira, 15 de abril de 2013

A evolução humana.

Ancestral humano era "mistura" de grandes símios e homens modernos

Análise de fósseis de hominídeos pode impactar conhecimentos sobre a evolução de ancestrais mais remotos do homem

O esqueleto reconstruído no centro pertence a um 'Australopithecus sediba (Au. sediba)'. À direita, o esqueleto de um chimpanzé, e, à esquerda, de uma mulher humana
O esqueleto reconstruído no centro pertence a um 'Australopithecus sediba (Au. sediba)'. À direita, o esqueleto de um chimpanzé, e, à esquerda, de uma mulher humana (Lee Berger/Universidade de Witwatersrand)
Análises de fósseis de Australopithecus sediba, um hominídeo que habitou a África há cerca de dois milhões de anos, mostram que ele era uma espécie de "mosaico", combinando características dos humanos modernos e dos grandes símios, como o chimpanzé (Pan troglodytes). Um conjunto de seis estudos publicados nesta sexta-feira, na revista Science, fornece uma visão completa da anatomia desse hominídeo.
As pesquisas têm como base dois esqueletos e uma tíbia (osso da canela) de Australopithecus sediba encontrados do em agosto de 2008, no sítio arqueológico de Malapa, próximo a Johannesburgo, na África do Sul. Um dos esqueletos, denominado MH1, foi identificado como pertencente a um homem jovem e o outro, MH2, a uma mulher.

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AUSTRALOPITHECUS SEDIBA
O fóssil deste espécime foi encontrado em uma caverna em Johannesburgo, na África do Sul, em 2008. Tinha cérebro grande, dentes maxilares reduzidos e vivia predominantemente na África oriental. Ao contrário de outros Australopithecus já estudados, o sediba também se alimentava de cascas de árvores, em vez de comer predominantemente folhas e frutos.
Os estudos mostram que o Au. sediba andava ereto, com os joelhos flexionados para dentro, e tinha calcanhares pequenos, semelhantes aos dos chimpanzés. A anatomia de seus pés, joelhos e quadris sugerem uma forma de andar que, apesar de bípede, era diferente daquela praticada pelos demais hominídeos.
Os membros superiores se aproximam mais dos grandes símios do que do Homo erectus, ancestral do Homo sapiens. Os estudos mostram que os braços desse hominídeo eram adaptados para escalar árvores e, possivelmente, se pendurar nelas. As articulações dos ombros deles eram altas, dando um aspecto de ombros encolhidos, que provavelmente não seria compatível com o movimento dos braços que o homem moderno faz ao correr ou caminhar.
As costelas do Au .sediba apresentavam um aspecto pontudo, mais semelhante aos grandes símios do que aos descendentes mais próximos do homem moderno, que tinham uma caixa torácica mais ampla e cilíndrica. Tanto a coluna vertebral quanto a caixa torácica desse hominídeo eram semelhantes aos grandes símios na parte superior e ao homem moderno na parte inferior.
Cada vez mais as teorias de Charles Darwin estão certas e senda comprovadas. Eu nunca tive dúvidas!

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